domingo, 1 de março de 2009

Susanna Tamaro, “Vai aonde te leva o Coração”


Ao terminar a leitura desta obra da italiana Susanna Tamaro, sente-se vontade de a reler, sentimento antagónico ao desejo de chegar ao fim enquanto se lê, pois, com uma narrativa tão simples, clara, realista e sentimental, não é possível reflectir o bastante sobre as constantes expressões que vão surgindo ao longo da obra, carregadas de sentidos conotativos.
“Vai Aonde Te Leva o Coração” é um romance cheio de detalhes, de pormenores e sensibilidade, onde as comparações, as interrogações e as perífrases são recursos frequentemente utilizados, em frases curtas, intensas, descrições do mundo real e mundano, referências místicas ou científicas e reveladoras de emoções e sentimentos.
Esta narração da relação entre avó e neta, na segunda metade do século XX, é uma verdadeira história de amor familiar entre gerações, a história de uma família conservadora e de conflitos geradores de pouca comunicação.
É um livro que fala de sentimentos sem sentimentalismos, que reavalia condutas, promove a descoberta de vidas que, embora ligadas por laços de sangue, não se conhecem umas às outras.
Neste bestseller, mundialmente lido, a escritora, com o título, resume o que pretende transmitir nas 15 cartas e dá o conselho, a um destinatário universal, de que se deve sempre ouvir o coração para que se atinja a felicidade, pois a vida não é imutável.


Mariana Amaral
10.º B N.º 16

1 comentário:

  1. Molto bene, MariAna! :)

    Acabo de recordar, casualmente, uma dedicatória que escrevi a Alguém que nem chegou a terminar a leitura desse livro, muito forte e poderoso, pois Tamaro sabe tocar essa corda sensível que tantos procuram ignorar, ou têm medo de tocar.

    But not when you are young, full of life and having fun!

    Ah! mas agora vejo que afinal a Destinatária do poema apenas seguiu o 3º direito dos leitores que aqui leio à direita... uma dezena perfeita!

    So here I leave as it is... to the Soul who longs for bliss! :)


    ELA FOI AONDE A LEVOU O CORAÇÃO

    A alma, quando encontra as brisas da morte, volta à sua origem: ao mar de amor e beleza, ao coração de Deus. − Kahlil Gibran

    Escuta sempre a voz inaudível do coração
    Porque só ele sabe como és maravilhosa,
    E conserva-o permanentemente aberto
    À dor e ao prazer, à tristeza e à alegria,
    À presença e à ausência, ao riso e ao pranto,
    Para que no êxtase da mais íntima solidão
    O fogo divino tudo transmute e purifique
    Na suprema alquimia do Amor.

    Sª Mª Feira, 21-02-97

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